Ammaia: a cidade romana com mais de dois mil anos
- João Pais
- há 11 minutos
- 13 min de leitura

Existem em Portugal muitos vestígios da presença romana no nosso território. Alguns bem preservados, outros nem por isso e, ainda, alguns por desvendar. No nosso país, permanecem por escavar as ruínas de uma importante cidade romana com mais de dois mil anos. É uma cidade que se encontra soterrada e que (ainda) é pouco conhecida. Esta antiga cidade romana está localizada no Alentejo, bem perto da bonita vila de Marvão, no vale da Aramenha. A cidade romana de Ammaia foi fundada no século I d.C. e terá sido um grande centro cosmopolita, uma cidade satélite de Augusta Emerita (actual Mérida), capital da Lusitânia.
Durante o período da romanização da Península Ibérica, os Romanos também se estabeleceram no que é hoje o território de Portugal. Estiveram um pouco por todo o lado e, para além do importante progresso e modernização da altura, deixaram-nos muitas marcas da sua presença: pontes, estradas, aquedutos, teatros, templos, minas, barragens e ruínas de cidades. Algumas dessas construções encontram-se ainda imponentes, quase indiferentes à passagem de dois mil anos. Existem muitos vestígios espalhados um pouco por todo o território nacional que testemunham a importante influência do Império Romano e, outros, que ainda não conhecemos completamente.

Os Romanos fundaram e desenvolveram muitas cidades e povoados. Uns foram evoluindo, crescendo e mantendo-se até aos nossos dias, outros desapareceram. Foi a caso da cidade romana de Ammaia que esteve “desaparecida” durante muitos séculos.
Ammaia foi uma importante cidade romana fundada no século I, durante o principado de Augusto e, habitada, provavelmente, até meados do século VI, como o testemunham os achados arqueológicos ali encontrados. Ammaia foi uma cidade pujante, cheia de vida, e devidamente planificada, que no seu período áureo teve mais de dois mil habitantes.
As Ruínas da Cidade Romana de Ammaia são o mais importante vestígio daquela época na região do Alto Alentejo. Ammaia é ainda uma cidade por escavar que, daqui a uns anos, será tão ou mais conhecida que as ruínas de Conímbriga.
Como chegar às Ruínas Romanas de Ammaia
A cidade romana de Ammaia é mais um destino que (ainda) não faz parte das principais rotas turísticas do nosso país, que eu adoro conhecer e faço questão de partilhar, aqui, convosco.
As ruínas da cidade romana de Ammaia localizam-se em pleno Alentejo, bem no coração do Parque Natural de São Mamede, na localidade de São Salvador da Aramenha, a meio caminho entre as maravilhosas vilas de Castelo de Vide e Marvão.
Por isso mesmo, qualquer que seja o seu ponto de origem, deve rumar a um destes dois destinos imperdíveis do nosso Alentejo. Marvão fica a cerca de sete quilómetros das Ruínas Romanas de Ammaia (pela N359-6, N359 e pela M521) com passagem pela localidade de Portagem (que tem uma bela praia fluvial para os dias de Verão… e onde deve visitar a torre medieval e a ponte quinhentista sobre o rio Sever que aproveitou o que restava de uma antiga ponte romana do século I). Castelo de Vide (que muito para ver) fica a cerca de oito quilómetros das Ruínas Romanas de Ammaia (pela N246-1, N359 e pela M521) com passagem por uma das vias mais belas do nosso país, a Alameda dos Freixos com cerca de um quilómetro de extensão por entre enormes Freixos (ver aqui).
Outra alternativa, é ter como referência a cidade de Portalegre que dista cerca de 15 quilómetros das Ruínas Romanas de Ammaia. Depois, é seguir pela N359 e pela M521.
A história de Ammaia
São muitos os registos arqueológicos que comprovam a ocupação humana do Alto Alentejo desde a pré-história. Mas a região onde se situam as ruínas da cidade romana de Ammaia só terá conhecido importantes transformações a partir do final do II milénio ou meados do I milénio antes de Cristo com a chegada à Península Ibérica dos povos Indo-europeus. Será mais ou menos dessa altura a chegada dos Lusitanos, que se estabeleceram entre o Douro e o Tejo, e dos Cónios que ocuparam parte do Alentejo e o Algarve.
Sensivelmente entre 500 e 250 a.C., dá-se a chegada de povos mais desenvolvidos como os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses, que se estabelecem ao longo da costa sul da Península Ibérica e os anteriores povoados primitivos da Idade do Ferro foram substituídos por outros mais evoluídos, de maiores dimensões e fortificados.

Com as Invasões Romanas e a consequente derrota dos Cartagineses, a presença romana estabeleceu-se na Península Ibérica e, ao longo de dois séculos, os Romanos apoderam-se deste território. No que diz respeito à região de Ammaia, calcula-se que a ocupação romana tenha começado entre os anos 178 e 138 antes de Cristo.
Com os Romanos dá-se uma grande transformação na organização do território com a fundação de cidades romanas a partir do ano 27 a.C., criando-se assim a província da Lusitânia (uma área equivalente ao actual território português a sul do rio Douro, a Estremadura espanhola e parte da província de Salamanca) com capital em Emerita Augusta (actual Mérida). Ao longo deste período desenvolveram-se outros centros importantes como Pax Julia (Beja), Olissipo (Lisboa), Norba Caesarina (Cáceres) e Ebora Liberalitas Julia (Évora).
Com o domínio do Império Romano, a cidade de Ammaia foi construída de raiz, durante o século I, junto à Serra de São Mamede, e aproveitando a nova rede viária da Lusitânia, que ligava a capital Emerita Augusta e a costa atlântica. A localização da cidade, junto ao rio Sever era o ponto de passagem das rotas comerciais que ligavam cidades como Scallabis (Santarém), Ebora Liberalitas Julia (Évora), Olissipo (Lisboa) e Miróbriga (Santiago do Cacém) à capital da Lusitânia, Emerita Augusta (Mérida).
No início da nossa Era, Ammaia já era uma enorme cidade, florescendo a partir da fértil produção agrícola daquela zona. À semelhança de outras cidades romanas, Ammaia funcionava como centro urbano político-administrativo, era considerada uma urbe organizada que geria de forma eficaz o território circundante, e que explorava todos os seus recursos naturais. Este novo enquadramento foi potenciado com a sua elevação a Civitas, por volta do ano 44 ou 45 e pelo estatuto municipal (municipium) ainda no decorrer do século I.
Ammaia alcançou o seu esplendor nos trezentos anos seguintes com a urbe a crescer e a desenvolver-se. A cidade romana de Ammaia era o lugar central de um vasto território a sul do Tejo, que floresceu ao longo do século IV. Em termos arquitetónicos, a par de áreas residenciais a cidade possuía estruturas laborais e de manufactura, bem como instalações para banhos. A cidade era ricamente ornamentada com mármores, mosaicos e diversas estátuas. Para além da agricultura e da criação de gado (bovino, ovino e suíno), a exploração dos recursos minerais, principalmente ferro e chumbo, constituía outra actividade importante, sendo abundantes os vestígios da extração mineira no território de Ammaia. Também os minerais mais valiosos foram explorados, como o ouro (mais perto do Tejo) e o cristal de rocha, importante para o fabrico de vidro e de jóias.
A partir do século V, com o declínio do império romano e a invasão de povos germânicos (Suevos, Vândalos, Alanos), ditaram o progressivo abandono dos centros urbanos da Lusitânia. Ammaia parece ter perdido a sua importância e foi sendo gradualmente abandonada.

Calcula-se que, algures entre o século V e o século IX, a cidade de Ammaia tenha sofrido uma qualquer catástrofe, levando a que a cidade tivesse ficado subitamente soterrada, tendo contribuído para o seu abandono e consequente ruína.
A comprovar esta hipótese poderá estar o facto (curioso) de toda a zona envolvente à cidade e de muitos dos objectos que foram encontrados durante as escavações se encontrarem cobertos por uma cama de lama. Existe mesmo quem defenda a teoria de um eventual galgamento de uma barragem que servia de abastecimento de água à cidade. Os Romanos pensavam muito bem as cidades antes da sua construção e, tradicionalmente, não existia cidade romana que não tivesse muita água. Para eles pensarem um lugar para viver, implicava pensarem na água em primeiro lugar. O local escolhido para Ammaia parece comprovar esta teoria, já que este sempre foi uma zona de muita água; para além do rio Sever, existem, nas redondezas, muitas nascentes e pequenos ribeiros que poderiam fornecer água à cidade. A montante da cidade passa a ribeira de Alvarrões onde, hipoteticamente, se situaria a represa que os romanos teriam feito para abastecer a cidade. Calcula-se que entre os séculos V e IX a cidade de Ammaia, já em decadência, sofreu os efeitos de um galgamento dessa represa que viria a soterrar a cidade.
Ammaia ao ficar soterrada durante todos estes séculos, originou a que uma boa parte da cidade tenha ficado preservada e a sua estrutura se tenha mantido conservada, o que muito tem contribuído para o seu estudo e para tudo aquilo que se sabe hoje sobre a cidade romana de Ammaia.

No último quartel do século IX, os árabes conquistaram a região e a antiga cidade romana parece ter sido ocupada pelo chefe Muladi Ibn Maruán que se intitulou “Senhor da Fortaleza de Ammaia”. Por isso, presume-se que naquela época a cidade romana já se encontrava totalmente abandonada. No entanto, Ibn Maruán rapidamente terá abandonado Ammaia em favor da localização de Marvão.
A partir desta altura desaparecem as referências à cidade como urbe habitada, tendo as suas pedras, principalmente a partir do século XVI, servido para construir outros lugares e monumentos. O que continuou a acontecer até finais do século XIX.
Na literatura antiga Ammaia é referida por Plínio (escritor, historiador e gramático do século I), por autores árabes e por diversos escritores e historiadores.
As escavações e o Museu Cidade de Ammaia

As ruínas da cidade romana de Ammaia são o mais importante testemunho da presença romana no Alto Alentejo, sendo a única cidade romana conhecida nesta região.
Apesar destas ruínas serem conhecidas desde o século XVI, as primeiras escavações só decorreram no finais do século XIX e início do século XX. Até esta data, pensava-se que as ruínas pertenciam à cidade romana de Medóbriga (hoje, pensa-se que esta antiga cidade romana se situe nas imediações da vila de Meda, na Guarda) e que os vestígios de Ammaia se encontravam sob a cidade de Portalegre. Durante muito tempo julgou-se que Ammaia teria existido no local onde se desenvolveu Portalegre devido a uma inscrição romana encontrada numa das paredes da Ermida do Espírito Santo, onde se fazia referência ao município de Ammaia. Mas, hoje, sabe-se que a partir do século XVI muitas pedras saíram das ruínas de Ammaia para serem usadas na construção dos principais edifícios (igrejas e palácios) de Portalegre, nas muralhas de Marvão e de Castelo de Vide, bem como em diversas construções em Porto Espada, Portagem, São Salvador e na Escusa.
Lentamente, a cidade de Ammaia ia desaparecendo. No início do século XX, da grande cidade romana do século I, visível à superfície, apenas restavam alguns muros de pedra.

As ruínas de São Salvador da Aramenha só viriam a ser identificadas como a antiga cidade romana de Ammaia em 1935. As ruínas de Ammaia estiveram abandonadas até 1994, altura em que o local foi classificado como monumento nacional e recebeu protecção legal. Desde 1995, têm decorrido trabalhos arqueológicos organizados pela Fundação Cidade de Ammaia (criada com o objectivo de estudar e preservar este importante legado arqueológico) em parceria com as universidades de Coimbra e de Évora.
Hoje, os arqueólogos conhecem o desenho e a arquitectura da cidade de Ammaia devido a uma tecnologia inovadora (Radio-Past) que permitiu radiografar toda a área. Os arqueólogos colocaram a descoberto cerca de três mil metros quadrados, mas estima-se que a área original desta cidade seja superior a 20 hectares.
Actualmente, já começa a ser visível e de relativa compreensão para o visitante comum o espaço da cidade. Além do Museu, existem alguns sítios arqueológicos perfeitamente demarcados: a Porta Sul, as Termas e os Banhos Públicos, o Fórum, alguns muros e colunas de pórticos e ainda o Anfiteatro (descoberto mais recentemente).
O Museu Cidade de Ammaia, pretende mostrar a vida quotidiana da população que viveu na antiga cidade romana, bem como afirmar a cidade de Ammaia como um dos principais vestígios da presença do Império Romano na Península Ibérica.
No edifício do Museu encontra-se exposta uma parte do imenso espólio recolhido nos trabalhos de escavação arqueológica realizados na área da Cidade de Ammaia,
ao longo das últimas décadas. Foram recolhidos uma grande diversidade de materiais, destacando-se alguns elementos da cultura romana como pedras com inscrições em Latim, estátuas, peças de cerâmica, moedas, fragmentos de braceletes, pedras de anéis, a reconstrução de uma mó, alguns objectos usados na tecelagem e peças em vidro. Uma vasta colecção de elementos que surpreendem não só pela sua beleza como também pelo seu excelente estado de conservação.
A visita ao Museu leva-nos numa viagem através das várias salas onde estão em exposição as diversas peças encontradas durante as escavações. O Museu possui uma das mais importantes colecções de vidros romanos da Península Ibérica. Vidros de grande beleza e de grande qualidade (Ammaia, muito provavelmente, terá sido um importante centro produtor de vidro). Calcula-se que na cidade de Ammaia exisissem muitas estátuas, mas em Portugal apenas ficou uma (está na Casa Museu José Régio, em Portalegre). Segundo investigador espanhol D. José de Viu (1852), mais de vinte estátuas de mármore, recolhidas em Aramenha, terão sido vendidas para Inglaterra.
Numa outra sala podemos assistir a um pequeno vídeo onde se faz a recriação do que seria a cidade no seu auge, quando aqui viviam cerca de 2000 pessoas. Este vídeo é uma reconstrução em 3D, que nos mostra uma cidade de Ammaia digitalmente renascida com base nas evidências arqueológicas .
No vídeo, os edifícios agora soterrados aparecem recriados e a ladear ruas movimentadas e onde se pode “visitar” o Fórum e o complexo termal.
Visitar o Museu Cidade de Ammaia é fazer uma viagem no tempo que nos permite conhecer o passado desta importante cidade romana com mais de dois mil anos.
No exterior do Museu, podemos visitar o espaço das ruínas de Ammaia. Seguimos por um trilho traçado em cima da antiga cidade romana que se encontra soterrada. A zona que ainda não foi escavada encontra-se coberta de terras, vegetação e algumas oliveiras. Apenas conseguimos ver o que resta de alguns espaços públicos. Calcula-se que apenas dois por cento da cidade seja conhecida.
A Porta Sul seria a entrada principal da cidade. Esta entrada era constituída por duas imponentes torres circulares, com seis metros de diâmetro, um arco ou porta e uma imponente praça lajeada. O arco colocado entre as torres, também conhecido por “Arco da Aramenha”, foi transferido para Castelo de Vide, em 1710, onde permaneceu em uso até 1891, altura em que terá sido destruído para alargar a entrada onde se situava.
As Termas e os Banhos Públicos eram um complexo termal com diversas estruturas associadas. Nas proximidades do Fórum, a zona das Termas foi uma das primeiras estruturas identificadas no perímetro de Ammaia, mas a sua localização, nas imediações de uma estrada (N359), motivou a destruição de uma parte significativa deste complexo. Aqui registam-se vários vestígios estruturais pertencentes a um complexo termal, como um pequeno tanque revestido a mármore e, mais recentemente, foi encontrada parte de uma piscina maior, que poderia ser coberta ou ao ar livre.
Ao longo do tempo a passagem de diversas infra-estruturas pelo espaço da antiga cidade romana têm provocado algumas destruições, e é preciso atravessar a N359 para chegarmos ao Fórum e ao Anfiteatro.
O Fórum era o principal centro da vida política, económica, social e religiosa da cidade. Era aqui que se centravam os poderes administrativo, religioso e judicial e onde a população vinha prestar culto às divindades. Com uma localização central, o Fórum de Ammaia está implantado numa encosta que domina a área sul da cidade. Na extremidade sudeste, identificam-se estruturas que podem corresponder a vestígios da basílica e da cúria e na extremidade oposta ergue-se o pódio de um templo em posição elevada.
O Anfiteatro, descoberto mais recentemente (em 2019) entre um campo de oliveiras numa encosta, apresenta uma estrutura circular onde foram encontrados vestígios do apoio das bancadas e uma grande quantidade de colunas e de bases que suportavam essas colunas. Era um anfiteatro simples, sem a complexidade de outras estruturas idênticas mais conhecidas. Este era um espaço para espectáculos de gladiadores, combates com feras, lutas e simulações de caçadas.
O Museu e as Ruínas da Cidade Romana de Ammaia podem ser visitados todos os dias entre as 9h00 e as 17h30, fechando para almoço (12h30-14h00), com excepção nos dias 24, 25 e 31 Dezembro e 1 de Janeiro em que o espaço se encontra encerrado. O ingresso custa 5,00€ (estudantes e maiores de 65 anos: 3,00€; jovens até aos 12 anos e residentes no concelho de Marvão têm entrada gratuita). Existem ainda visitas guiadas para grupos com mais de 10 pessoas mediante marcação prévia (6,00€).

Ammaia foi uma importante cidade romana e as suas ruínas são umas das mais importantes do nosso país, pois encontram-se muito bem preservadas. As Ruínas da Cidade Romana de Ammaia são uma valiosa herança de outros tempos, o mais importante vestígio da presença romana que se pode encontrar no Alentejo. Um local incrível, cheio de história, mas com muito ainda por desvendar. Ao todo, calcula-se que sejam cerca de 25 hectares que escondem uma enorme cidade soterrada que, só com muito tempo, paciência e um trabalho delicado nos poderão revelar os segredos de Ammaia.

Ali ao lado…
Embora haja muito que ver num raio de poucos quilómetros das Ruínas Romanas de Ammaia, a começar pelo Parque Natural da Serra de São Mamede, que “esconde” bonitas paisagens, não podia deixar de destacar as vilas de Marvão e de Castelo de Vide.

Marvão é uma das mais belas vilas portuguesas e uma das mais bonitas do Alentejo. Visitar Marvão e percorrer as suas ruas no interior da muralha, é como se fizéssemos uma viagem no tempo. A vila não é muito grande e foi crescendo encosta abaixo. Percorrer as suas ruas estreitas permite-nos conhecer as suas casas típicas e simples, mas cheias de detalhes. Deixe-se deambular pelas ruas desta bonita vila fortificada onde existem muitos recantos para descobrir: o pelourinho manuelino, os arcos góticos, as portas, as janelas manuelinas, as varandas de ferro forjado, as muralhas que nos servem de miradouro para o vasto horizonte. Visite o castelo onde pode conhecer a magnífica cisterna (uma das maiores em Portugal, com capacidade de acumular água e que podia abastecer a localidade durante seis meses, em caso de cerco) e subir à torre de menagem de onde se tem uma vista impressionante. Viste ainda a igreja de Santa Maria, o mais antigo templo da vila que foi recuperado para instalação do Museu Municipal, a igreja de São Tiago, a capela do Calvário e a igreja do Espírito Santo. Vai ver que Marvão é uma vila inesquecível. Linha de Terra já esteve em Marvão e pode ler tudo sobre a vila aqui.

Castelo de Vide é uma das vilas mais bonitas e encantadoras de Portugal. É um daqueles locais onde chegamos e já nos sentimos como se fossemos dali. Chegamos e sentimo-nos em casa. Castelo de Vide respira natureza e harmonia.
Percorrer as suas ruas é uma lição de história e uma viagem no tempo, que nos leva desde tempos imemoriáveis até à Revolução de Abril. O seu casario branco, as suas ruas estreitas e íngremes repletas de pormenores, o seu castelo, a judiaria, a fonte da vila, as casas apalaçadas, as igrejas, as fontes, e até a água, tudo aqui tem uma história. Castelo de Vide tem muito para ver. A vila está repleta de pontos de interesse: para além do castelo e da Judiaria, dê uma volta pelas das suas ruas estreitas; procure a Fonte da Vila e as outras fontes, pois aqui há bastantes; admire as casas apalaçadas; descanse na sombra dos seus jardins; e descubra as suas igrejas e capelas, consta que serão mais de duas dezenas… Vai ver que Castelo de Vide é uma vila encantadora onde vai querer voltar. Linha de Terra já esteve em Castelo de Vide (várias vezes) e pode ler tudo sobre esta magnífica vila aqui.
Comments