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  • Foto do escritor: João Pais
    João Pais
  • 3 de set.
  • 5 min de leitura
Covão de Cete
Covão de Cete

O Covão de Cete é uma local bastante pitoresco e tranquilo, ideal para quem procura um refúgio na Natureza. É de fácil acesso e apenas implica uma caminhada de cerca de cinco minutos por entre um bosque frondoso. A cascata e a sua envolvente são um local perfeito para um passeio relaxante, longe do corre-corre rotineiro dos nossos dias. Bem perto, fica o Mosteiro de Cete pelo que deve aproveitar para fazer uma visita.



Cascata do Covão de Cete
Cascata do Covão de Cete

Hoje trago um local que, nos últimos tempos, tem sido muito fotografado e publicado nas redes sociais. Graças ao seu banco em forma de coração e, claro está, devido à beleza do local, o Covão de Cete deixou o quase anonimato e saltou para a ribalta dos lugares mais procurados do norte do país. Devido ao seu fácil acesso, têm sido muitas as fotografias publicadas nas redes sociais. Linha de Terra tinha que ir conhecer este “novo” Hot Spot às portas da cidade de Paredes.

O Covão é um afloramento granítico com grandes blocos de pedra empilhados de forma natural num vale bastante cavado por onde corre a ribeira de Baltar (um afluente do rio Sousa, com cerca de cinco quilómetros). Aqui, as águas da ribeira despenham-se algumas dezenas de metros, rocha abaixo, formando uma cascata imponente (principalmente, após o Inverno).

O pequeno trilho que temos de efectuar (menos de um quilómetro) para chegar ao Covão de Cete, é como se fosse um preparativo, um espaço de tempo para nos desligarmos do nosso quotidiano e nos conectarmos com a Natureza. Um momento para nos encontramos a nós próprios, para absorver a beleza que nos rodeia e comungar com a Natureza. A pequena caminhada, acessível praticamente a todas as idades, leva-nos a atravessar algumas pontes de madeira, a desviar de troncos de árvores e evitar algumas rochas, tudo num percurso bem limpo e bastante intuitivo (não existe qualquer sinalética). Recomendo algum cuidado em dias em que o piso possa estar molhado, pois pode tornar-se escorregadio. Após o pequeno trilho, vamos encontrar um recanto bastante bonito, ideal para se conectar com a Natureza e relaxar. Aqui vai encontrar uma impressionante queda de água, um pequeno baloiço, uma ponte metálica e um banco em forma de coração.


Covão de Cete
Covão de Cete

O Covão de Cete, como o nome indica, localiza-se em Cete, no concelho de Paredes, a cerca de 30 minutos do Porto e apenas a dez minutos da cidade de Paredes. A apenas alguns metros do acesso ao Covão de Cete fica o Mosteiro de São Pedro de Cete, um dos monumentos mais antigos do concelho de Paredes. Os acessos ao Covão de Cete, apesar de incluírem estradas estreitas, não são difíceis. Pode usar o GPS (eu usei o Google Maps), mas terá que “afinar” o destino final para o ponto que aparece assinalado como “acesso ao Covão de Cete”, já que a máquina indica outra localização (em alternativa, pode colocar Mosteiro de São Pedro de Cete, o acesso ao Covão fica a cerca de 500 metros para a esquerda).

Pode chegar ao Covão de Cete pela A4 (saída 10), seguindo depois as indicações para o Mosteiro de Cete (são cerca de quatro quilómetros). Como já disse, o acesso ao Covão de Cete faz-se por um pequeno trilho que tem início 500 metros mais acima. Outra alternativa (menos óbvia, por não haver qualquer referência) é a partir da N15, em Baltar. Deve sair da N15 em direcção à igreja Matriz de Baltar, passado o cemitério, deverá virar à esquerda, mesmo antes de começar o separador central. Ao passar por baixo do viaduto da A4 (mesmo debaixo do viaduto), deverá seguir pela direita. Depois é só seguir em frente, entrar na estrada (estreita) de paralelos e o acesso ao Covão fica um pouco mais abaixo, numa curva apertada.

O estacionamento é o grande problema para aceder ao Covão de Cete. O acesso ao pequeno trilho faz-se numa curva muito apertada, sem visibilidade e numa rua estreita. No local, dará para estacionar três ou quatro carros. Por isso sugiro que visite o local num dia da semana, onde para além de ter lugar para estacionar, vai ter o espaço só para si... A 500 metros do acesso ao Covão, fica o Mosteiro de Cete onde há muito lugar para estacionar – o “problema” é que, depois de estacionar, terá que fazer esses 500 metros a subir...


Covão de Cete
Covão de Cete

O Covão de Cete tem feito bastante sucesso nas redes sociais, sendo partilhado por milhares de pessoas e, embora este local natural exista há muito tempo, a sua popularidade é bem mais recente devido à “abertura” do pequeno trilho de acesso, à colocação do baloiço e do banco em forma de coração que faz as delícias dos internautas. O Covão de Cete com o seu banco em forma de coração é um spot perfeito para umas fotografias bastante instagramáveis. Este é um local de grande beleza, propício ao relaxamento e à meditação. Aproveite o som da água a cair sobre as rochas, relaxe e sinta a Natureza e a tranquilidade do lugar. Para aproveitar na plenitude a beleza e o sossego do local, recomendo a visita em dias da semana, já que ao fim de semana a afluência ao local pode ser grande, dependendo da hora. Segundo pude apurar, o Covão de Cete encontra-se em terrenos particulares, pertencendo a uma quinta, cujo(s) proprietário(s) não se importa(m) que as pessoas desfrutem da beleza do local. Por isso, convém não fazer lixo (há vários sacos espalhados pelo local) nem barulho e preservar e respeitar o local.

O Covão de Cete é um óptimo local para que gosta de descobrir recantos bonitos, fazer pequenas caminhadas e do contacto com a Natureza. O Covão de Cete é um spot que deixou se ser apenas dos moradores e conhecedores da zona, para passar a ser do Mundo.


A poucos metros do acesso ao Coão de Cete fica o Mosteiro de São Pedro de Cete
A poucos metros do acesso ao Covão de Cete, fica o Mosteiro de São Pedro de Cete

Poucos metros abaixo do acesso ao Covão de Cete, no meio de campos agrícolas, e junto a um largo com árvores de grande porte, fica o Mosteiro de São Pedro de Cete. O Mosteiro é um dos edifícios mais antigos e mais importantes do concelho de Paredes e do Vale do Sousa, está classificado como monumento nacional e faz parte da Rota do Românico, por isso, não deve perder a oportunidade para o visitar.

O Mosteiro terá sido fundado no século X, e reconstruído no final do século seguinte por ordem de D. Gonçalo Oveques. Nos finais do século XIII e nos inícios do século XIV, o edifício terá sofrido grandes remodelações, por iniciativa do abade D. Estevão Anes, com alteração no tamanho da nave, reconstrução da capela-mor, alteração da sua fachada e esculturas dos capitéis. O claustro, a torre ameada e outros elementos terão sido consequência de posterior restauro, já no decorrer do século XV.

O Mosteiro pertenceu à Ordem de São Bento (monges beneditinos) até ao século XVI, altura em que D. João III transferiu o edifício para o Real Colégio da Graça dos Eremitas de Santo Agostinho (monges gracianos), de Coimbra. Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas o Mosteiro foi entregue à coroa e, posteriormente, as suas dependências foram vendidas em hasta pública. Ainda hoje, uma parte do edifício é propriedade particular (os anexos, as dependências do Mosteiro onde supostamente dormiam e habitavam os monges, bem como os claustros).

De destacar o bonito pórtico principal em arco apontado, com quatro arquivoltas, a pedra de armas, a rosácea rendilhada, a torre quadrangular ameada e as várias gárgulas representando animais fantásticos. O interior do Mosteiro é bastante simples, na base da torre encontra-se a capela funerária de D. Gonçalo Oveques e na capela-mor o túmulo do abade D. Estevão. É ainda possível ver uma pintura mural de São Sebastião, provavelmente do século XVI, e as imagens em pedra de São Pedro, Santa Luzia e de Nossa Senhora da Graça.


Coordenadas GPS:

N 41º10.8369’ W 8º22.34232’

41.180615 -8.372372


 
 
  • Foto do escritor: João Pais
    João Pais
  • 12 de ago.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 3 de set.

Salinas do Samouco
Salinas do Samouco

Noutros tempos, durante as décadas de 30 e 40 do século passado, Alcochete, na margem sul do Tejo, foi o maior centro produtor nacional de sal. Nas Salinas do Samouco chegaram a existir cerca de uma centena de salinas a funcionar. Hoje, apenas uma produz sal. Este complexo centenário, além da produção de sal, visa não só a preservação desta actividade histórica, mas é também um projecto ecológico que visa a conservação ambiental e a protecção de aves e outras espécies.


Salinas do Samouco
As Salinas do Samouco são um paraíso para a aves aquáticas que aqui param durante as migrações

Mesmo às portas de Lisboa, o encontro entre as águas do rio Tejo e do oceano Atlântico resulta na maior zona húmida do país e numa das mais importantes da Europa: o Estuário do Tejo. Este habitat muito especial com as suas águas salobras, muito ricas em nutrientes, são a base de um ecossistema único, classificado como reserva natural e onde a vida selvagem predomina. É aqui que vamos encontrar as Salinas do Samouco.

Situado na margem esquerda do Estuário do Tejo, em Alcochete, o complexo das Salinas do Samouco é composto por cerca de meia centena de salinas centenárias que, no seu conjunto, formam um grande emaranhado de diferentes tanques alimentados por esteiros e canais que transportam a água do Estuário.

Visitar as Salinas do Samouco implica percorrer um dos dois trilhos que, actualmente, se encontram disponíveis. São passeios que nos permitem conhecer a importância sócio-económica desta actividade histórica, visitar este paraíso natural e observar as muitas aves. Os trilhos, com cerca de cinco quilómetros, estão marcados com sinalética própria, são fáceis, sempre planos e muito expostos ao sol. Por isso, convém evitar as horas de maior calor, levar protector solar, repelente de insetos e calçado apropriado. Existem também a possibilidade de realizar visitas guiadas, sob marcação.

Mas, antes de conhecer as Salinas do Samouco, vamos saber um pouco da sua história e da história do próprio sal.

Salinas do Samouco
A Marinha do Canto é a única salina que ainda produz sal

O sal é um bem comum de utilização milenar, um bem precioso que marcou a História desde as primeiras civilizações até aos nossos dias. Todos os povos da antiguidade viram no sal um produto de excelência. O sal era usado para os mais diversos fins: foi moeda de troca – o chamado “ouro branco” –, foi usado na terapia de determinadas doenças e mesmo na arte de mumificar os corpos mas, era na alimentação e no armazenamento de certos alimentos que era mais usado devido à suas propriedades anti-sépticas que permitiam a conservação dos bens alimentares por longos períodos de tempo.

A indústria do sal é das mais antigas de Portugal e o nosso país sempre foi um dos maiores produtores de sal. Apesar de algumas das nossas maiores salinas já estarem inativas, existem algumas que, apesar das dificuldades, ainda mantêm a sua produção: Aveiro que sempre foi um dos maiores centros de produção de sal; a Figueira da Foz também teve a sua época áurea; Rio Maior onde encontramos as únicas salinas interiores do país, e as únicas que ainda estão em pleno funcionamento na Europa (Linha de Terra tem que lá ir!); em Santa Luzia, perto de Tavira, onde se encontra a segunda maior salina do país; e, claro, as Salinas do Samouco.


Salinas do Samouco
As Salinas do Samouco ainda produzem cerca de 200 toneladas de sal por ano

Apesar da extração de sal ter tido uma presença regular durante a ocupação romana (Angeiras, Póvoa de Varzim, Tróia e Alcácer do Sal, por exemplo), alguns historiadores afirmam que a sua utilização e extração remontam ao Neolítico.

As primeiras referências documentais relativas às Salinas do Samouco, datam do século XIII, referindo-se ao aparecimento de pequenas comunidades ribeirinhas ligadas à exploração do sal que se foram formando nas margens do Tejo. Algumas destas comunidades foram-se desenvolvendo ao longo do tempo e adquiriram importância económica e social, passando a integrar os principais circuitos comerciais. A salicultura foi fundamental para a vitalidade e crescimento dessas comunidades, como foi o caso de Alcochete.

As salinas de Alcochete, situadas na margem esquerda do estuário do Tejo, fazem parte do chamado “Salgado do Tejo” que abrangia duas grandes áreas: uma na margem direita, desde Loures até Vila Franca; e outra na margem esquerda, numa área que se estendia desde o Barreiro até Alcochete – as salinas localizavam-se no Lavradio, Alhos Vedros, Sarilhos Grandes, Samouco, Alcochete e Vasa-Sacos. O salgado de Alcochete era constituído por três regiões produtoras: a região do Rio das Enguias, Samouco e Vasa-Sacos.

As Salinas do Samouco, na década de 30 e 40 do século XX, tornaram-se no centro salineiro mais importante da região de Lisboa e, durante muitos anos, o maior centro produtor de sal do país, onde chegaram a existir cerca de uma centena de salinas a funcionar, que produziam cerca de 120 mil toneladas de sal por ano. A partir dos anos 70 as salinas foram sendo gradualmente abandonadas e, actualmente, apenas uma produz sal.


Salinas do Samouco
A Marinha do Canto, nas Salinas do Samouco, é a única que ainda produz sal

O percurso para explorarmos as Salinas do Samouco leva-nos através de tanques e canais onde podemos observar muitas aves. Depois, seguimos até bem perto da Ponte Vasco da Gama, onde funciona a Marinha do Canto, actualmente, a única salina em funcionamento e onde podemos observar algumas pessoas a trabalhar.

Depois do grande apogeu das Salinas do Samouco, a Marinha do Canto é a única salina do Tejo que ainda produz sal. Aqui produzem-se cerca de 200 toneladas de sal marinho e de flor-de-sal por ano. O método artesanal de produzir sal ainda se mantém, dando origem a um produto natural único e de grande qualidade. O sal produzido na Marinha do Canto está certificado e destina-se a diversos fins, nomeadamente, para a gastronomia, para uso em piscinas, para termas em banhos terapêuticos, para a indústria cosmética, controlo de vegetação infestante e para a produção de salicórnia. Alguns destes produtos podem ser adquiridos na recepção das Salinas do Samouco.

A grande riqueza biológica do espaço das Salinas do Samouco deve-se aos diferentes habitats aqui existentes como é o caso do pinhal, do sapal, das dunas e do caniçal. Esta vasta diversidade de habitats proporciona condições favoráveis para a existência de uma grande variedade de espécies selvagens, com destaque para avifauna, tornando as Salinas do Samouco num espaço único no nosso país.


Salinas do Samouco
As Salinas do Samouco ajudam na preservação dos burros de Miranda, espécie em vias de extinção

Nos 360 hectares do complexo centenário das Salinas do Samouco, devido à sua grande riqueza biológica, além da salicultura, há um importante projecto de conservação ambiental e de protecção animal. Um dos grandes objectivos da Fundação das Salinas do Samouco é a elaboração e desenvolvimento de projectos de educação e sensibilização ambiental. Um desses projectos é ajudar na preservação do burro de Miranda, raça autóctone portuguesa e espécie em vias de extinção. Na nossa viagem através das Salinas temos oportunidade de ver e, fazer algumas festas, a um simpático grupo de burros mirandeses que aqui se encontram. Os animais ajudam na limpeza e manutenção do terreno o que faz reduzir a utilização de máquinas ou de produtos sintéticos. Nesta região, como em muitas outras do nosso país, o burro esteve ligado à agricultura e ao transporte de mercadorias. Hoje, apenas faz parte das festas mais tradicionais participando em alguns cortejos e procissões.

Este é um paraíso para as aves aquáticas. Por aqui passam centenas de milhares de aves – já foram identificadas 170 espécies – para se reproduzirem, descansar ou recuperar energias durante as suas migrações entre dois continentes. É possível percorrer as antigas salinas (através de percursos definidos) e avistar diferentes espécies de aves, incluindo flamingos, a chilreta, o pernilongo, o alfaiate, o borrelho-de-coleira-interrompida ou a garça-real.


Salinas do Samouco
São 170 as espécies de aves que todos os anos passam pelas Salinas do Samouco

As Salinas do Samouco, em Alcochete, são um importante projecto ambiental e ecológico, mas acima de tudo, um guardião das memórias e das raízes ancestrais da população do concelho. O salgado de Alcochete marcou a história da salicultura portuguesa. As Salinas do Samouco são uma instituição que procura perpetuar a memória, a cultura e uma tradição ancestral que faz parte da história e da identidade cultural desta gente. A valiosa biodiversidade deste espaço, associada a um património histórico e sócio-cultural único, fazem das Salinas do Samouco um espaço natural de grande importância que é primordial proteger e visitar.


Coordenadas GPS:

N 38º44.61282' W 8º58.87656'

38.743547 -8.981276


 
 
  • Foto do escritor: João Pais
    João Pais
  • 20 de jul.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de jul.

Baloiço de Trevim
Baloiço de Trevim, talvez o mais antigo baloiço de Portugal

Espalhados por todo o país, os baloiços (panorâmicos, ou não), tornaram-se numa moda e vieram para ficar. Regra geral, os baloiços mostram-nos lugares especiais realçando a sua beleza – podem estar em miradouros com visitas magníficas, junto a lagoas, nas praias, em quedas de água, etc. Os baloiços não só realçam a beleza da paisagem como promovem o turismo e dinamizam a economia local. Os baloiços vieram valorizar e dinamizar pequenas maravilhas do interior que, até então, não eram conhecidas.

Quem me conhece há algum tempo (destas e de outras andanças) sabe que um dos meus locais favoritos é a serra da Lousã, os seus recantos e as suas aldeias de xisto. Quem me conhece, também sabe que não sou propriamente um “coleccionador” de baloiços e, muito menos admirador da “febre” dos baloiços – e dos passadiços, que agora aparecem em tudo quanto é canto – que terá tido o seu crescimento durante os anos de 2020 e 2021. Mas, hoje, trago-vos um baloiço especial: o Baloiço de Trevim, na serra da Lousã, um dos mais famosos e um dos mais antigos do nosso país.


Baloiço de Trevim
O Baloiço de Trevim é um local de grande beleza e serenidade

Baloiço de Trevim: A baloiçar desde 2016

O Baloiço de Trevim localiza-se a cerca de 1.000 metros de altitude, bem perto do ponto mais alto da serra da Lousã (o Alto de Trevim, a 1.200 metros de altitude) e a cerca de 18 quilómetros do centro da vila. Para os apreciadores da Natureza e de baloiços, garanto que vale a pena cada quilómetro de curvas e contra-curvas. Para os amantes das caminhadas, o PR4 da Lousã (trilho circular com 14,5 quilómetros), com início na bonita aldeia de Candal, passa pelo Baloiço de Trevim.

Baloiço de Trevim
Baloiço de Trevim, o mais famoso do nosso país

O local escolhido para instalação do Baloiço de Trevim é um local de grande beleza e com vistas deslumbrantes sobre o vale. Um lugar de grande beleza e serenidade, de plena comunhão com a Natureza. Um lugar onde a (nossa) vida ganha outro ritmo, onde apetece ficar, onde a imensidão da paisagem chama por nós.

Em dias de boa visibilidade, dizem ser possível observar o Atlântico, as serras da Estrela e da Gardunha e até Marvão, no Alto Alentejo (cerca de 100 quilómetros em linha recta).

Segundo pude apurar, o Baloiço de Trevim é dos mais antigos do nosso país, se não mesmo, o mais antigo. O Baloiço de Trevim terá sido construído em 2016 e, dois anos depois, já era famoso nas redes sociais. Se não for o mais antigo é, certamente, o mais famoso de Portugal, com uma vista deslumbrante e um por do sol magnífico. Aqui pode recordar os tempos de criança e sentir a liberdade de “voar”. Devido à sua localização, a experiência de “voar” no Baloiço de Tevim é pouco recomendada para pessoas mais sensíveis a alturas. O Baloiço em si, é uma estrutura bastante simples, até mesmo tosca, composto por três troncos de árvore que suportam o baloiço preso por duas cordas, o suficiente para sentirmos a beleza, a grandeza do local e a união com a Natureza. O Baloiço de Trevim tem cerca de cinco metros de altura.


Baloiço de Trevim
O Baloiço de Trevim, instalado a cerca de 1000 metros de altitude tem uma vista deslumbrante

Pode-se chegar ao Baloiço de Trevim a partir da vila da Lousã ou a partir de Castanheira de Pera pela N236 (cerca de 13 quilómetros). Saindo da Lousã pode seguir a Estrada das Hortas (17 quilómetros, seguindo a indicação para a aldeia do Talasnal, não fazendo, depois, o desvio para a aldeia) ou através da N236 (cerca de 22 quilómetros). Se optar pela estrada nacional, sugiro uma visita ao castelo da Lousã, à praia fluvial de Nossa Senhora da Piedade e às Aldeias do Xisto de Cerdeira e Candal. No final, pode regressar passando pela aldeia do Talasnal. É necessário algum cuidado e atenção ao circular pela serra da Lousã, não só porque circulamos numa estrada de montanha, apertada e com muitas curvas, mas também devido aos veados e corços que podem surgir a qualquer momento a atravessar a estrada.

Hoje, a estrada está em boas condições e é sempre asfaltada até ao Baloiço de Trevim. Recordo-me perfeitamente da minha primeira ida a Trevim, onde a parte final do percurso era feita num estradão de terra batida, por vezes em mau estado.


Baloiço de Trevim
Aproveitei para “voar” no Baloiço de Trevim...

“Isto é Lousã”

Percorrendo a serra da Lousã e as suas Aldeias do Xisto são muitos os locais onde podemos encontrar a frase “Isto é Lousã”. “Isto é Lousã” é um projecto original de dois jovens naturais da terra que “espalham” instalações de madeira pela serra. Procuram por espaços com (elevado) potencial e que não estão a ser utilizados, dando-lhes uma nova vida e mostrando o melhor da região da Lousã.

O projecto “Isto é Lousã” tem vindo a intervir em diversos espaços e de diversas formas como é o caso, por exemplo, do Baloiço de Trevim, do baloiço na ribeira de São João, na praia fluvial de Nossa Senhora da Piedade, das molduras gigantes ou do miradouro com as letras “LOUSÔ junto à aldeia de Chiqueiro.


Coordenadas GPS:

N 40º4.60662’ W 8º11.43426’

40.076777 -8.190571

 
 
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