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Foto do escritorJoão Pais

A Livraria do Mondego é um geomonumento com mais de 400 milhões de anos
A Livraria do Mondego é um geomonumento com mais de 400 milhões de anos

A Livraria do Mondego, é um monumento natural que marca a paisagem da margem do rio Mondego, no concelho de Penacova. Este é um local de grande beleza que foi esculpido pelo planeta ao longo do tempo.


Situado a pouco mais de dois quilómetros da vila de Penacova, na margem do rio Mondego, este geomonumento é um afloramento quartzítico que foi sendo fracturado ao longo do tempo. O seu curioso nome deve-se aos seus blocos de pedra, quase verticais, fazerem lembrar as lombadas de livros numa estante.

Miradouro com vista para a Livraria do Mondego
Miradouro com vista para a Livraria do Mondego

Segundo os geólogos, estas formações têm mais de 400 milhões de anos e fazem parte de uma falha que separa a serra do Buçaco da serra da Atalhada. Aqui o Mondego estreitece para atravessar este contraforte rochoso que atinge mais de 200 metros de altura, quase verticais.

Este geomonumeto está inserido numa zona de importante geologia e de grande biodiversidade com rica vegetação ripícola e diversas espécies animais como a lontra, o guarda-rios, o corvo marinho, a águia de asa redonda ou ainda o milhafre negro.

Apesar de se situar na margem direita do Mondego, é na margem oposta que temos o melhor local para admirar esta beleza natural. Na icónica N2 a estrada nacional mais extensa de Portugal , junto ao IP3 (saída 12, para Friúmes e Miro), onde existe indicação para a Livraria do Mondego. Aqui existe um miradouro para apreciar a beleza e a graciosidade deste geomonumento esculpido ao longo do tempo pela mãe-natureza. Aqui poderá também contemplar a beleza da paisagem das margens do Mondego e aproveitar a escadaria que nos leva quase até ao nível das águas do rio.

Na zona existe mesmo um percurso interpretativo da Livraria do Mondego (com 800 metros) que permite conhecer um pouco mais sobre a geologia e da biodiversidade da região.


O rio Mondego
O rio Mondego

Para os entusiastas existe um trilho circular, devidamente marcado, o PR5 de Penacova, com uma extensão aproximada de onze quilómetros que permite contemplar esta magnífica paisagem da margem do Mondego e o imponente bloco quartzítico da Livraria do Mondego, levando-nos mesmo ao seu topo. Certamente, um trilho que valerá a pena pelas belas paisagens do Mondego, no entanto, é desaconselhado no Outono e Inverno devido a travessia do rio poder estar condicionada devido ao seu caudal.

Este geomonumento da Livraria do Mondego marca a paisagem das margens do Mondego junto à vila de Penacova. Esta é uma “livraria” que guarda páginas preciosas do grande livro da Terra e que merece uma visita.


Coordenadas GPS:

N 40º17.0514’

W 8º15.8262’


Foto do escritorJoão Pais

Cabril do Ceira em 2018
Cabril do Ceira em 2018

A 21 de Outubro de 2018 o blog Linha de Terra via a luz do dia. O primeiro texto que publiquei para estrear este projecto foi sobre um lugar que já conhecia há algum tempo e onde tinha voltado. Um lugar fantástico que me havia marcado desde o primeiro momento e que, ainda hoje, considero como o meu local favorito para um bom banho de Verão: o Cabril do Ceira (ver aqui).

Entretanto, ao longo destes anos, regressei lá mais algumas vezes. Curiosamente, voltei a estar lá recentemente – voltamos sempre aos locais de que gostamos e onde nos sentimos bem (o Cabril do Ceira, a serra da Lousã, a Freita, o Alvão, o Alentejo e tantos outros). É uma espécie de ciclo que se repete. Como escreveu José Saramago em “Viagem a Portugal”, «O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite… É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos».

É preciso repetir os passos que foram dados e traçar novos caminhos. É por isso que, ano após ano, volto aqui para assinalar mais um aniversário do blog, celebrar o que foi feito e conquistado e perspectivar o futuro.

5 anos de Linha de Terra
Cinco anos de Linha de Terra

Cinco anos de Linha de Terra. Têm sido cinco anos de muito trabalho, de muita paixão, de muita organização (bom... vamos ser sinceros, alguma organização), muita dedicação e muitas horas de sono perdidas, mas “quem corre por gosto não cansa” e este projecto, para além de me ter permitido conhecer muita gente e fazer amizades, dá-me muito gosto fazer acontecer e fazer crescer.

Não tem sido fácil, mas o blog tem crescido, tem ganho notoriedade e vai traçando o seu caminho. A (minha) falta de tempo – mantenho o meu emprego a tempo inteiro, porque é preciso pagar as contas! – continua a ser um dos meus maiores problemas e uma das limitações para este projecto crescer mais depressa e avançar noutras vertentes.

Longe de tendências ou de modas, sigo o meu próprio caminho. Sigo o caminho que gosto, que idealizei para este projecto desde o seu início, fugindo dos grandes roteiros turísticos e divulgando aquele lugar que (ainda) não vem nos guias. Vai continuar a ser assim.

Cinco anos de Linha de Terra a ajudar a conhecer melhor o nosso país, um pouco da sua história, mostrar a sua diversidade e aquilo que temos de mais belo. Temos que gostar, conhecer e valorizar a nossa terra. Temos que ter orgulho no nosso território. Afinal, temos o mais belo país do Mundo!

Quero deixar aqui um agradecimento muito especial a todos os que, regularmente, vêm ler estas linhas, a todos aqueles que me têm apoiado, ajudado, incentivado e seguido o meu trabalho. Muito obrigado a todos, sem vocês desse lado este projecto não fazia sentido. Juntos, vamos continuar a percorrer este país de lés a lés, por trilhos, por serras, por montes e vales, de norte a sul, do litoral ao interior e, assim que possível, “dar um salto” aos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Venham comigo Descobrir Portugal!



Foto do escritorJoão Pais

Lagoa no rio Arado
Lagoa no rio Arado

Hoje trago um local maravilhoso para um banho refrescante no rio Arado. Um local de fácil acesso, sem ter que andar muito, sem ter que saltar de pedra em pedra para lá chegar e, muito provavelmente, sem ninguém...

O vale do rio Arado é um dos locais mais bonitos para conhecer no interior do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Ao longo do seu leito, inicialmente num terreno bastante rochoso e depois por entre uma floresta de cedros, pinheiros e carvalhos, o rio Arado brinda-nos com diversas cascatas e inúmeros poços ou lagoas, alguns dos quais fazem parte do roteiro turístico do Gerês.

O rio Arado é um rio de montanha de grande beleza que corre, serra abaixo, encaixado em vales rochosos formando inúmeras cascatas e pequenas lagoas. Este rio nasce em plena serra do Gerês da confluência de diversas ribeiras a mais de 1200 metros de altitude (acima do Curral do Camalhão) e desagua no rio Fafião pouco depois da Cascata de Fecha de Barjas (Cascata do Tahiti) entre as aldeias de Ermida e Fafião, num percurso de pouco mais de oito quilómetros. Durante o Inverno o rio Arado apresenta um caudal considerável e no pico do Verão, normalmente, já leva pouca água, podendo mesmo secar algumas lagoas e cascatas.

O local que vos trago hoje, fica bem perto do Miradouro das Rocas, um pouco antes de chegar à Cascata do Arado (ver aqui), perto da aldeia de Ermida, no concelho de Terras do Bouro.

Ao longo do seu leito o rio Arado brinda-nos com diversas cascatas e inúmeros poços ou lagoas
Ao longo do seu leito o rio Arado brinda-nos com diversas cascatas e inúmeros poços ou lagoas

Estacione o carro junto ao Miradouro das Rocas – aproveite para subir ao topo e teres uma fantástica panorâmica sobre a serra do Gerês e o vale do rio Arado – e, junto ao acesso ao miradouro, vai encontrar um caminho que desce, floresta adentro, por entre os altos cedros. Desça por aí até encontrar uma bifurcação. Aqui chegado, embora os dois caminhos nos levem ao leito do rio Arado (sim, eu fiz os dois…), sugiro que siga pela esquerda. (O caminho da direita tem menos declive, mas depois temos que andar a saltitar de pedra em pedra pelo leito do rio; o caminho da esquerda é mais inclinado, mas leva-nos directamente à lagoa).

Siga o caminho da esquerda em direcção ao leito do rio, embora a inclinação do terreno seja mais acentuada, pode aproveitar as muitas raízes das árvores para auxiliar na progressão e servirem de degraus. Cuidado para não tropeçares. Deverão ser uns 300 metros até chegar ao rio, sem esforço, sem andar a saltitar de pedra em pedra e, muito provavelmente, sem ninguém.

Lagoa no rio Arado
Lagoa no rio Arado

Chegando ao rio vai encontrar esta maravilha natural, uma autêntica piscina, de água pura e cristalina, onde também existe uma pequena cascata. Aqui a água é ligeiramente mais quente do que junto à Cascata do Arado.

Convém lembrar que a quantidade de água nas lagoas depende da época do ano e das condições de seca. A melhor altura para visitar o rio Arado é durante a Primavera e Verão, quando a paisagem é mais verdejante e as temperaturas mais altas. Eu estive lá agora, no início de Outubro e, apesar da seca que assola o país, a lagoa tinha água suficiente para umas braçadas e uns bons mergulhos. E a água não estava fria.

É importante lembrar que a segurança é fundamental, particularmente nestes locais isolados. Apesar da distância ser curta, leve calçado adequado. As rochas existentes nestas lagoas podem ser especialmente escorregadias. Mantenha-se atento e em segurança. Não corra riscos desnecessários. Lembre-se que estas lagoas naturais não são zonas balneares, são espaços selvagens, de grande beleza, perfeitos para momentos de comunhão com a Natureza, de contemplação, de recarregar energias, de reflexão e de interiorização.

Convém não esquecer que está numa área protegida e numa área selvagem. Respeite-a! Observe, contemple, sinta e fotografe. Não faça barulho, não deixe lixo e não se demore no local. Ah! Já agora, se puder, evite os fins-de-semana.

Coordenadas GPS:

N 41º42.9603’

W 8º7.92564’


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