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Foto do escritorJoão Pais
Cascata do Fojo em Monção

Vamos conhecer um dos segredos mais bem guardados do concelho de Monção. De fácil acesso, e bem perto da EN101, a Cascata do Fojo é um daqueles locais imperdíveis, agora com uns passadiços para facilitar o acesso.


A Cascata do Fojo era, talvez, um dos segredos mais bem guardados do concelho minhoto de Monção. A Cascata, agora, de fácil acesso, encontra-se num local idílico, rodeado de frondosa vegetação e de velhos moinhos onde o som da água é uma constante.

Localizada na aldeia de Lara, a cerca de seis quilómetros da vila de Monção, e apenas a um da EN101, a Cascata do Fojo fica no ribeiro que recebe o nome da aldeia, já muito perto do rio Minho, de que é afluente. Lara é uma pequena aldeia onde ainda se vive da agricultura, da pecuária e da vinha, ou não estivéssemos em pleno coração das terras do vinho verde Alvarinho.

Passadiço de acesso à Cascata do Fojo em Monção
Passadiço de acesso à Cascata do Fojo

O acesso à Cascata do Fojo faz-se a partir da represa e do tanque comunitário, situados nos limites da povoação. Em 2022 foram construídos uns passadiços, com cerca de 350 metros, para facilitar o acesso à Cascata do Fojo e ao parque de merendas.

Temos que deixar o nosso veículo junto à represa e percorrer os passadiços que

serpenteiam por entre moinhos seculares que nos fazem lembrar uma das antigas actividades da aldeia: a moagem de milho.


Cascata do Fojo em Monção: Os passadiços acompanham o ribeiro por entre velhos moinhos
Os passadiços acompanham o ribeiro por entre velhos moinhos

O percurso que nos leva até à Cascata do Fojo proporciona-nos uma pequena caminhada rodeado por uma densa vegetação verde pontuada, aqui e ali, por pequenos moinhos seculares (alguns em ruínas e outros onde é bem visível a recuperação recente – e menos inspiradora). Aqui, o silêncio só é quebrado pela melodia da água que corre vale abaixo e pelo alegre cantar dos pássaros.


Junto à Cascata do Fojo há um parque de merendas repleto de sombra
Junto à Cascata do Fojo há um parque de merendas repleto de sombra

No final do passadiço vamos encontrar um parque de merendas e a Cascata do Fojo, onde o ribeiro de Lara se precipita duma altura de cerca de três metros entre duas paredes rochosas.

Embrenhado na densa vegetação, vamos encontrar um local muito calmo, de grande beleza e com muita sombra para os dias quentes de Verão. Um recanto digno de um conto de fadas.

Como em todas as cascatas e pequenos cursos de água, estes devem ser visitados a seguir às chuvas de Inverno e durante a Primavera, pois é provável que com o estio algumas destas linhas de água sequem.


A Cascata do Fojo em Monção onde as águas do ribeiro se precipitam entre duas paredes rochosas
A Cascata do Fojo onde as águas do ribeiro se precipitam entre duas paredes rochosas

A Cascata do Fojo, bem perto da bonita vila de Monção, é um local de grande beleza, propício ao descanso, à contemplação, ao relaxamento e à meditação. Um local para se escutar e admirar a Natureza.


Coordenadas GPS:

N 42º2.6442’ W 8º31.67808’

42.044070, -8.527968


Cascata do Fojo em Monção
Cascata do Fojo


Neste dia que celebramos os 50 anos sobre a Revolução de Abril, vamos conhecer um dos espaços que eu considero icónico sobre o 25 de Abril de 1974: a Casa da Cidadania Salgueiro Maia.


Na manhã daquele dia de Abril quando acordei o meu pai, que tinha ido trabalhar de madrugada, já tinha regressado a casa; ao chegar ao Cais do Sodré, encontrou militares na rua que lhe perguntaram o que andava ali a fazer tão cedo e mandaram-no voltar para casa. Lembro-me que naquele dia não fui à escola.

Percebi que os meus pais estavam assustados e não saímos à rua. Ficámos os três de ouvido colado ao rádio. Mais tarde, talvez a meio da tarde, um vizinho veio chamar-nos para irmos para a Avenida celebrar a Liberdade. Lembro-me perfeitamente de um mar de pessoas a celebrar o fim da maior ditadura da Europa e a chegada da Liberdade.


O museu apresenta uma proposta de espaço interessante
O museu apresenta uma proposta de espaço interessante

Este espaço, inaugurado em 2021, está localizado no interior do castelo da bonita vila de Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, e resultou da conjugação de esforços entre o município daquela vila e da Direcção Regional de Cultura do Alentejo.

O espaço museológico acolhe várias peças que pertenceram a Salgueiro Maia, Capitão de Abril, natural de Castelo de Vide.

O espaço, agradável e muito bem aproveitado, apresenta cartazes, fotografias, vídeos, uma colecção de miniaturas de carros de combate - a especialidade deste oficial de cavalaria -, uniformes, armas, estandartes, insígnias, diplomas e diversos documentos militares.

Ali podemos ver o megafone com que intimou Marcelo Caetano a render-se, o uniforme e o “quico” militar que envergava nesse dia, bem como outros pertences obtidos ao longo da sua carreira militar.


Museu Salgueiro Maia

Museu Salgueiro Maia

Museu Salgueiro Maia
O diverso material exposto na Casa da Cidadania Salgueiro Maia

Este é um espaço onde todos nós podemos aprender um pouco mais sobre o dia em que se pôs termo à maior ditadura da Europa e sobre Salgueiro Maia, um dos homens chave da Revolução de Abril.

Se se deslocar a Castelo de Vide, fique a saber que a evocação a Salgueiro Maia também é feita noutros espaços da vila. É o caso da casa onde viveu o Capitão de Abril (na zona antiga da vila), o largo Capitão Salgueiro Maia (junto à igreja) e o jardim junto às piscinas municipais onde está um busto de Salgueiro Maia e um veículo militar idêntico aos que teve oportunidade de conduzir.

O espaço museológico dispõe de uma auditório onde podemos assistir a um interessante documentário sobre a vida de Salgueiro Maia.

A Casa da Cidadania Salgueiro Maia tem o seguinte horário:

Verão (de 1 de Junho a 30 de Setembro): 9h15-12h45 , 15h15-17h45;

Inverno (de 1 de Outubro a 31 de Maio): 9h15-12h45, 14h15-16h45.

Encerra à segunda-feira.


Salgueiro Maia

Fernando José Salgueiro Maia (1944 -1992), natural de Castelo de Vide, foi um militar português e foi um dos Capitães de Abril. Salgueiro Maia ingressou na Academia Militar de Lisboa, em 1964, passando, de seguida, para a Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Naquela instituição militar ascendeu a comandante de instrução e integrou uma companhia dos comandos na Guerra Colonial, em Moçambique (de 1967 a 1969) e na Guiné (de 1971 a 1973).

Salgueiro Maia participou nas reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas (1973), integrando a sua Comissão Coordenadora. Depois do 16 de Março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia quem, no dia 25 de Abril, comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço e, mais tarde, provocou a rendição do chefe do Governo no quartel do Carmo da GNR, onde estava refugiado Marcello Caetano.

A 25 de Novembro de 1975, Salgueiro Maia sai da Escola Prática de Cavalaria, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Mais tarde foi transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar. Em 1984 regressa à Escola Prática de Cavalaria.

Após o 25 de Abril, Salgueiro Maia mantém-se como membro do Movimento das Forças Armadas, mas recusa ser membro do Conselho da Revolução. Ao longo dos anos recusou ser adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a tenente-coronel. Viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.

Em 1983, recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade; em 1992, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e, em 2007, a Medalha de Ouro da cidade de Santarém. A 25 de Abril de 2016, foi agraciado, também a título póstumo, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Em 1989, foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que o vitimaria em 1992.


Foto do escritorJoão Pais


Cascata da Pedra Ferida
Cascata da Pedra Ferida

Hoje trago-vos uma das mais belas cascatas de Portugal. Esta é a Cascata da Pedra Ferida com cerca 25 metros de altura e a sua beleza não se fica apenas pela queda de água, mas também pela magnífica zona florestal envolvente bem como pelo caminho que é necessário percorrer para lá chegarmos.


A Cascata da Pedra da Ferida fica localizada junto à vila de Espinhal, no concelho de Penela (mesmo ao lado da Serra da Lousã), a cerca de 30 quilómetros da cidade de Coimbra.

A Cascata da Pedra Ferida está perfeitamente embrenhada na floresta. É aqui que a ribeira da Azenha (afluente do rio Dueça com cerca de 12 quilómetros de extensão) se despenha duma altura de cerca de 25 metros.

O percurso para se atingir a cascata faz parte do PR2 de Penela (trilho linear com cerca de seis quilómetros), no entanto, não é necessário fazer todo o trilho para se chegar a esta magnífica cascata.

O percurso faz-se por um pequeno caminho que acompanha a ribeira da Azenha entre frondosa vegetação que ao longo do ano adquire diferentes tonalidades, o que torna a Cascata da Pedra Ferida apetecível durante todo o ano. No entanto, não recomendo que se faça este caminho com chuva nem com o piso molhado, pois pode tornar-se perigoso e escorregadio devido às muitas pedras que é necessário ultrapassar e contornar. Também não é aconselhável a crianças pequenas devido ao desnível acentuado do terreno. O caminho é sempre a subir, com alguma exigência física, mas que considero acessível, já que este é um belo percurso que apela aos sentidos e para se fazer calmamente. Recomendo que leve calçado adequado para caminhada.

Ao longo deste pequeno (mas exigente) percurso, onde o som da água a correr é uma constante, vamos encontrar moinhos, passar entre as ruínas de alguns já em avançado estado de degradação, atravessar pequenas pontes de madeira, e ver alguns poços de água.

Para chegar à Cascata da Pedra Ferida é necessário percorrer um estradão florestal de terra batida com cerca de dois quilómetros (até ao Parque de Merendas da Ribeira da Azenha) que nem sempre está em bom estado. Circule devagar e leve o carro até onde puder – das diversas vezes que visitei a Cascata, já levei o carro até ao fim do estradão e, também já tive que o deixar sensivelmente a meio do caminho e continuar a pé.

Para visitar a Cascata da Pedra Ferida deve dirigir-se à vila de Espinhal, no concelho de Penela, mesmo ao lado da A13 (saída 25). Na vila deve procurar pela capela do Santo António do Calvário e seguir pela rua, entre muros, à direita onde, uns metros mais à frente, vai encontrar uma bifurcação. Siga pela direita novamente. O caminho é simples e encontra-se bem sinalizado.

Cascata da Pedra Ferida
Cascata da Pedra Ferida

Daqui para a frente o caminho é em terra batida que, como eu já referi, nem sempre está em bom estado. Cerca de 850 metros à frente vai encontrar nova bifurcação com um desvio até junto de umas construção e até junto da ribeira da Azenha. Deverá seguir pela esquerda, ligeiramente a subir. Se o caminho estiver em mau estado poderá ponderar deixar aqui o carro e seguir a pé até ao parque de merendas.

A partir do parque de merendas terá, obrigatoriamente, que seguir a pé. São cerca de 1200 metros até alcançar a Cascata. O percurso é algo exigente, com bastante desnível, algumas pedras que é necessário ultrapassar, mas como é curto faz-se bem. Mesmo ao chegar à Cascata à um pequeno troço bastante inclinado onde existe uma corda para auxiliar na progressão. Faça o caminho com calma, admire a vegetação, escute o cantar alegre dos pássaros e o melódico correr da água. Garanto que vale a pena e que será um momento que dificilmente irá esquecer.

Chegando à Cascata da Pedra Ferida irá encontrar um local idílico com uma bela queda de água com cerca de 25 metros e, com os devidos cuidados, um pequeno poço para um banho refrescante. Encontre onde se sentar (aproveite para descansar as pernas…) e fique um bom bocado escutar os sons, contemple a beleza do local e a grandiosidade da mãe-natureza.

O poético nome da Cascata deve-se à oxidação das rochas pelo constante correr da água – dizem que a ribeira nunca seca. Devido ao contacto continuado da água com as rochas, estas ganham uma coloração avermelhada, dando a ideia de uma ferida.

Existe um outro acesso à Cascata da Pedra Ferida a partir da ER347, por um trilho marcado (agora a descer) em frente ao alojamento Refúgio da Pedra Ferida. Este trilho, igualmente exigente e bastante acidentado, também faz parte do PR2 e, embora ache que a distância seja ligeiramente mais curta, recomendo a primeira opção, pois esta parte do percurso não tem a mesma beleza.


Coordenadas GPS:

Cascata: N 40º1.1793’ W 8º19.45446’

Parque de Merendas: N 40º1.16634’ W 8º19.7715’


Moinho na zona envolvente à Cascata da Pedra Ferida
Moinho na zona envolvente à Cascata da Pedra Ferida

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